Operação policial em Praia Grande descobre produção de azeite em condições insalubres, com risco à saúde pública.
Uma fábrica clandestina de azeite foi interditada pela Polícia Civil em Praia Grande, no litoral paulista, após uma operação que revelou condições de produção extremamente insalubres. O local, que funcionava sem qualquer tipo de licença sanitária ou fiscalização, produzia e envasava azeite em um ambiente impróprio, com risco de contaminação e prejuízos à saúde dos consumidores.
De acordo com as investigações, a fábrica operava em um galpão improvisado, onde os produtos eram armazenados em tambores sujos e manipulados sem os cuidados básicos de higiene. A polícia encontrou resíduos de óleo e gordura espalhados pelo chão, além de embalagens sem identificação correta e equipamentos enferrujados. A falta de controle de qualidade e as condições precárias do local chamaram a atenção dos agentes, que destacaram o perigo de contaminação por bactérias e substâncias tóxicas.
O dono da fábrica, que não teve o nome divulgado, foi autuado por crime contra as relações de consumo e por violação das normas sanitárias. Ele pode responder também por outros crimes, como fraude e exercício ilegal de atividade econômica. A operação foi realizada após denúncias anônimas que alertaram para a possível venda de produtos adulterados em feiras livres e mercados da região.
Esse não é um caso isolado no Brasil. Em 2020, uma operação semelhante foi realizada em São Paulo, onde uma fábrica clandestina de azeite foi fechada por produzir óleos misturados com substâncias de baixa qualidade, colocando em risco a saúde dos consumidores. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), produtos adulterados podem causar desde alergias e intoxicações até problemas mais graves, como danos ao fígado e ao sistema nervoso.
A descoberta da fábrica em Praia Grande reacendeu o alerta para a importância de se fiscalizar a produção e a comercialização de alimentos. Especialistas em segurança alimentar destacam que o consumo de produtos clandestinos pode trazer sérios riscos à saúde, especialmente quando não há controle sobre a origem e a qualidade dos ingredientes utilizados. “A população precisa estar atenta às embalagens, aos selos de qualidade e à procedência dos produtos que consome”, afirma a nutricionista Mariana Costa.
A operação em Praia Grande contou com a participação de agentes da Vigilância Sanitária e do Procon, que recolheram amostras dos produtos para análise. Enquanto os resultados não saem, a população é orientada a evitar o consumo de azeites de marcas desconhecidas ou sem procedência comprovada.
Nas redes sociais, o caso gerou indignação entre os moradores da região, que cobraram maior rigor na fiscalização de produtos alimentícios. “Isso é um absurdo! Precisamos de mais ações como essa para proteger a saúde da população”, comentou um usuário no Facebook.
A interdição da fábrica clandestina serve como um alerta para os riscos de consumir produtos sem garantia de qualidade. Enquanto as autoridades reforçam a necessidade de fiscalização, a população deve ficar atenta e denunciar qualquer suspeita de irregularidade.
